terça-feira, 24 de maio de 2005

O meu melhor chefe

Você se lembra de seu melhor chefe? Como foi sua experiência profissional quando liderado por ele? O que ele fez por você? Por que diferenciou-se dos demais a ponto de marcar em sua memória? E quanto a seu pior chefe? Lembra-se dele? Sim, porque uma coisa é verdade: certamente, todos já tivemos (ou ainda vamos ter) pelo menos um chefe muito bom e um nem tão bom assim...

Mas como identificar o bom chefe?

Se eu pudesse resumir aqui, diria que o bom chefe é aquele que não tem medo de conhecer as necessidades de sua equipe e os receios que todos têm – porque não há um profissional que tenha apenas habilidades.

É alguém que, acima de qualquer outra coisa, mantém uma visão global sobre os negócios e sobre seus colaboradores, dando atenção à vida profissional de cada um deles mas também e principalmente à vida pessoal que eles têm.

Detém um poder pessoal, um brilho, que em muito ultrapassa o poder de sua posição. E entendem com total clareza que liderança deve ser estratégica e não deve estar relacionada a imposições deste ou daquele cargo ocupado.

Grandes chefes descobrem, desenvolvem e celebram as diferenças dos indivíduos que compõem seu grupo de trabalho. E identificam, então, o que é único em cada um.

Enquanto chefes comuns jogam Damas, os bons chefes preferem Xadrez. Vale lembra que, no jogo de Damas, todas as peças são iguais, movimentam-se da mesma forma e sempre numa mesma direção. Além disso, não têm como ser substituídas.

Em contrapartida, no jogo de Xadrez, cada peça tem uma função absolutamente estratégica e se movimenta de forma diferente. É praticamente impossível – ou pelo menos inviável – jogar esse jogo sem saber como cada peça deve se comportar sobre o tabuleiro. Mais do que tudo isso: trata-se de um jogo de raciocínio, em que não se ganha se não se pensar cuidadosamente na próxima jogada. No fim, o cheque-mate só acontece se tiver ocorrido um bom jogo em que todas as peças trabalharam bem e em conjunto. Assim como no jogo da vida...

Saber identificar as habilidades de cada colaborador e organizar o time de forma a que cada um otimize suas potencialidades é fundamental na atuação de um bom chefe – alguém que tem como objetivo maior proporcionar a sua equipe um futuro melhor, seja no âmbito profissional e também no pessoal.

A um bom chefe está reservada uma gestão de sucesso à medida que ele atua descobrindo as diferenças que existem entre as pessoas e lhes propõe o desafio de crescerem e vencerem em suas carreiras. O bom chefe acredita nisso e, portanto, age nesta linha com total convicção. Como resultado, colhe excelentes frutos e registra vários cheque-mates ao longo de sua vida.

Transparência é uma qualidade indispensável para o chefe que pretende ser bom, diferenciar-se dos demais e, principalmente, somar pontos positivos em sua gestão. Refiro-me a um profissional que é genuíno e honesto. E que não tem medo algum de perder sua posição para aqueles a quem está desenvolvendo. Porque energiza os outros e conduz desempenho, seguro de si o suficiente para preocupar-se em bloquear a carreira de alguém por receio de ver a sua própria fragilizada.

E então, lhe pergunto? Como é hoje a relação que você mantém com seu líder direto? Você tem um bom chefe?

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