Não há como negar: líderes inventam o futuro e permitem que o sucesso seja alcançado. Certamente, muitas mudanças consideradas importantes nos vários cenários – econômico, político e social - não aconteceriam se não fosse por eles.
Mas o comprometimento de verdadeiros líderes vai além: eles se preocupam também em tornar possível aquilo que idealizam, lançando mão, para isso, de recursos como visão ampliada, eficiência e, principalmente, inspiração.Adotam práticas que, a principio, parecem simples, mas que na realidade são fundamentais para que as metas sejam alcançadas. Eles traduzem visão em ação, muito conscientes de que liderar está diretamente relacionado à pró-atividade, à cooperação e à produtividade.
Se fosse possível fazer essa analogia, eu diria que um bom líder é aquele que estimula o time a adotar o exemplo dos gansos selvagens. Ao contrário dos búfalos, que sempre seguem em bandos e se acostumam a repetir os passos exatos do animal que segue à frente – o que torna esse grupo muito mais vulnerável, os gansos voam juntos, com um revezamento contínuo de posições, consistindo numa excelente oportunidade para que todos experimentem e exerçam a liderança.
Bons líderes agem com dinamismo e estão preocupados em desenvolver o seu grupo. Comunicam diretamente e ampliam a visão do time quanto aos negócios da companhia. Estabelecem direção, certificam-se de que os seus colaboradores estejam em contato direto com os planos, inspiram e permitem que a equipe resolva seus próprios problemas.
Como resultado final, agregam valor de fato e tornam as coisas reais.
Entretanto, para
isso, como ponto de partida, devemos nos lembrar de que somos os únicos
responsáveis por aquilo que alcançamos na vida – sejam sucessos ou fracassos.
Embora muitas vezes não consigamos perceber, tendemos a organizar nossos
pensamentos com base em nossas expectativas e deixamos de considerar
alternativas.
Alguns anos atrás, o Dr..
David Rosenhahn, professor da Universidade de Stanford, realizou uma
experiência a respeito das expectativas. Fez com que oito indivíduos
perfeitamente normais fossem a diversos hospitais psiquiátricos. Eles
inventaram histórias sobre si mesmos e incorporaram sintomas de doenças mentais
lidas em livros. Uma vez internados, contaram a verdade. Explicaram que faziam
parte de uma experiência. O que aconteceu? Ninguém nas instituições
psiquiátricas acreditou neles! Os oito indivíduos foram diagnosticados pelos
médicos como seriamente desequilibrados, de neuróticos a esquizofrênicos. Esses
médicos, provavelmente, tinham expectativas inconscientes muito poderosas. Eles
“viram” o que esperavam ver.
O que esperamos obter
tem muito a ver com a forma como reagimos a novas idéias e pessoas. A
expectativa também tem a ver com a maneira como reagem a nós. As pessoas tendem
a satisfazer suas expectativas. Em outras palavras, as expectativas são como
profecias auto-realizáveis: tendemos a obter o que esperamos.
Pesquisas sobre
comportamento organizacional e psicologia industrial têm demonstrado que a
cultura de toda empresa é um reflexo da sua própria liderança.
Na cultura de
“controle”, os funcionários são vistos como irresponsáveis que necessitam de
supervisão constante, que não desempenham suas tarefas com o máximo de seu
potencial e que estão sempre prontos a sair cedo do serviço. O resultado é a
suspeita e a desconfiança.
A cultura empresarial
oposta é a da “liberdade” com responsabilidade, na qual os funcionários são
vistos como indivíduos inteligentes, criativos que, com apoio, treinamento e
encorajamento, sempre darão o melhor de si mesmos à empresa. Nessa cultura
baseada no respeito, os funcionários fazem grandes contribuições para o
crescimento da empresa e então registram sucesso.
Mas e o que é sucesso?
Sem dúvida, é fruto do talento, criatividade, ousadia e muito esforço.
Resumindo em duas palavras, eu diria que é fruto de “inspiração” mas também de
muita “transpiração”. Portanto, não fique esperando a inspiração chegar. Vá
atrás dela.
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