Parabéns!
Não, não estou sendo irônico. Muito pelo
contrário. Numa situação como esta, você, de fato, merece sinceros parabéns.
Pela idéia que teve, pela iniciativa, espírito de liderança e pelo real
interesse que demonstrou por fazer algo diferente. Em especial, merece ser
parabenizado por ousar na tentativa de contribuir e agregar valor à companhia
em que você trabalha.
Infelizmente, desta vez, as coisas não
funcionaram da forma como você havia planejado. O que pode acontecer mesmo. No
entanto, não tenho dúvidas de que, mesmo diante do insucesso, você aprendeu
muito.
Ninguém é perfeito. E a única forma que temos de
não errar é copiando ou repetindo algo que já foi realizado e consagrado no
passado. Se por um lado esse é um caminho mais fácil – e é mesmo –, por outro, copiar
ou repetir não leva um profissional a lugar algum, talvez apenas à estagnação
de sua carreira.
Pessoas que criam algo diferente, que assumem
riscos e se expõem têm uma oportunidade muito maior de aprender, contribuir com
a organização e crescer com ela.
É verdade que um excelente currículo contribui
para conseguir um bom emprego, mas não ajuda a mantê-lo. Além disso,
consideremos que nem sempre a pessoa mais inteligente, com mais conhecimento, é
a que faz a diferença, mas sim aqueles que não têm medo de errar – embora
apenas menos de 1% das pessoas possui essa característica...
Idealize a seguinte situação: você está
participando de uma reunião em que tudo está correndo bem, todos estão satisfeitos
com o status quo e com os resultados
da companhia. De repente, você enxerga uma oportunidade que necessita de uma
ação imediata e diz: “Penso que devemos
fazer tal coisa, por tal motivo e de tal maneira”.
Aí está um bom exemplo de abordagem pró-ativa,
de atitude de um vencedor. Porque, ao tomar a decisão de levantar a questão,
você está inovando, criando expectativas, gerando entusiasmo, saindo da mesmice,
do lugar comum.
Sua visão pode ser absolutamente perfeita e você
pode estar certo no que disse. Nesse caso, receberá todos os créditos e
reconhecimentos – o que, não resta dúvida, é muito bom. Mas não é tudo. Porque
não nos esqueçamos de que aplausos têm curta duração.
Se, em contrapartida, você estiver errado,
tirará dessa experiência um profundo aprendizado, lições que durarão para o
resto de sua vida. Porque, uma coisa é certa: aprendemos muito mais com os
erros do que com os acertos.
Fazer tudo correto logo na primeira tentativa
pode até lhe trazer um certo prestígio inicial, mas não ajuda a construir um
conhecimento sólido, a ganhar experiência. Não lhe permitirá saber que etapas
são realmente importantes e quais as que poderiam ser dispensadas. Já quando
erramos, tudo se torna mais claro. Numa segunda vez, você certamente não
repetirá o mesmo erro e sua atuação será muito mais eficiente.
Por volta de 1920, Walt Disney trabalhava como
cartunista em um jornal norte-americano e foi demitido “por não ter nenhuma boa
idéia”. Hoje, ninguém se lembra do nome de seu ex-chefe. Mas o espírito de
inovação rendeu a Disney uma carreira e um negócio absolutamente promissor.
Cada dia mais, bons líderes valorizam
colaboradores que tenham – e demonstrem – iniciativa e criatividade, que se
arriscam com o objetivo de capitalizar em prol da companhia. Eles aceitam erros
e sabem a importância que isso tem no processo de desenvolvimento profissional da
equipe. A ação é o que mais importa. Por isso, não gostam de quem fala muito
mas faz pouco. Preferem os que fazem, ainda que não alcancem êxito sempre.
Lembro de uma frase de George Bernard Shaw que
diz: o homem comum adapta-se ao mundo; e o homem ousado persiste em tentar
fazer com que o mundo se adapte a ele. Entretanto, todo progresso depende do
homem ousado.
Por isso, reitero: ouse, faça a diferença, crie,
arrisque. E, principalmente, não tenha medo de errar.
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